Como vem o Athletico-PR para o duelo contra o Red Bull Bragantino
Na tarde de sábado (24), o Red Bull Bragantino vai até a Arena da Baixada enfrentar o Athletico-PR, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida começa às 16h30 (horário de Brasília). O Correio de Atibaia foi atrás de informações sobre o rival do Massa Bruta nesse duelo e conversou com Lucas Filus do Footure. Na sequência você conhece mais sobre o Furacão.
O Athletico vem de uma vitória fora de casa diante do Bahia pela Copa do Brasil. Com esse resultado o time de Felipão está a 10 jogos sem perder e com 7 vitórias neste período. Também segue vivo na Libertadores, na Copa do Brasil e é o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro com 21 pontos. São 3 pontos a mais que o Bragantino.
Em campo, o técnico Felipão já confirmou que deve usar reservas por conta do duelo na Libertadores na próxima terça-feira diante do Libertad. Segundo a jornalista Monique Vilela, que acompanha o Athletico-PR, apenas quatro titulares vão iniciar o duelo com o Massa Bruta, o goleiro Bento, Nico Hernandez e Abner na defesa, além de Hugo Moura no meio-campo. Com as mudanças Vitor Roque pode ser titular pela primeira vez.
Na temporada, ainda vivo nos mata-matas, vai priorizar esse tipo de competição. Lembrado que o time tem tido sucesso nesse tipo de competição nos últimos anos e é o atual campeão da Copa Sul-Americana, vencendo inclusive o Red Bull Bragantino e atual vice da Copa do Brasil. “O clube quer ser protagonista em todas as frentes. Mas é óbvio que esse crescimento passa por um processo e ainda existe um cenário para dar algumas doses de prioridade para certas competições. Pela característica “copeira” do time (e agora, do treinador), é seguro falar que existe uma preferência pelos mata-matas “. Define Lucas Filus.
Neste cenário um provável Athletico tem: (4-2-3-1) Bento; Orejuela, Matheus Felipe, Nico Hernandez e Abner; Hugo Moura, Erick e Vítor Bueno; Vitor Roque, Pedrinho e Rômulo.
“Na maioria das vezes, sim [o time reserva do Athletico é competitivo]. Estamos falando de uma situação onde o Athletico fez a maior janela de sua história – e tem mais gente pra chegar, como Fernandinho; nunca tinha investido tanto no elenco. São nesses momentos que o investimento é colocado em prova e a expectativa é positiva independentemente de rodízios ou desfalques. Foram vários os jogos em que a zaga, a dupla de meio-campo e o trio de ataque não eram 100% titulares, mesmo assim a sensação em média foi positiva.”. Afirma Lucas Filus lembrando que o time investiu muito nesta temporada e terá um time forte para sábado, mesmo que reserva.
Uma das contratações feitas nessa temporada é do argentino Tomás Cuello atleta que pertencia ao Atlético Tucuman, mas que disputou a temporada passada com destaque pelo Bragantino. No início deste ano o time paulista disputou o atleta com o time paranaense, que levou a melhor. O ponta-esquerda de 22 anos jogou 19 vezes na temporada, com um gol e uma assistência até aqui. Cuello não encaixou de imediato, teve um início discreto, mas tem evoluído com o Felipão. Lucas fala sobre isso e destaca a importância dele no modelo de jogo da equipe.
“Precisou de uma adaptação, mas desde a chegada do Felipão se tornou um titular absoluto. Apesar de ser visível que ainda há espaço pra melhora, vem assumindo um papel cada vez mais importante. Destaco sua função como o ponta que segura mais a bola pra cravar o time no campo ofensivo e dar tempo para seus companheiros avançarem, algo que o Athletico precisava depois da saída do Nikão. Está se saindo bem.”
O time começou a temporada com Alberto Valentim, mas com um desempenho ruim e maus resultados, logo foi demitido. Mesmo campeão da Sul-Americana na temporada passada, foi dispensado do Furacão depois de perder por 4×0 para o São Paulo na estreia do Brasileirão. O treinador comandou o Athletico em só 28 partidas, com oito vitórias, oito empates e 12 derrotas – aproveitamento de 38%. Depois chegou o Fabio Carille, que durou apenas 21 dias, ele teve um aproveitamento de 42%, sendo três vitórias e quatro derrotas. A última derrota, o 5×0 diante do The Strongest na Libertadores foi demais para ele e acabou sendo demitido.
O time só se encaixou na temporada com a chegada do terceiro treinador, o já experiente Luis Felipe Scolari, que depois de passagens pelo Cruzeiro e o Grêmio, sem muito sucesso, veio para Curitiba assumir o Furacão. E o trabalho dele apresentou bons resultados logo de início.
“Basicamente, Felipão transformou a realidade do Athletico. Muito se fala do fator psicológico, que sem dúvida alguma foi fundamental – afinal, ele soube unir o vestiário e dar confiança para jogadores que estavam precisando -, mas em campo a mudança foi grande também. O Athletico de Valentim e Carille tinha muita dificuldade pra armar suas jogadas e ter certo controle dos jogos, agora a situação é diferente. O time sabe armar com paciência e os números ofensivos são resultado disso. E claro, há algo crucial: ele deixou experimentos de lado e deu sequência para uma escalação mais fixa (ou quase isso), gerando o entrosamento que faltava.” Define Lucas Filus sobre a melhora da equipe na temporada. Carille já tinha dito quando chegou que o elenco era bom, mas faltava montar um time competitivo.
Esse bom início gerou a boa sequencia do clube, nela há pontos de destaque na equipe. Além da forte defesa que sofreu apenas 6 gols nos últimos jogos, o time é o segundo na competição em desarmes por jogo, são 11,8 até aqui em média por partida segundo o Sofascore. Tem também os dois melhores interceptadores do torneio, Hugo e Pedro Henrique. Lucas destaca que a maior qualidade da equipe é a força do grupo e a capacidade de adaptação: “Isso é algo que vem sendo trabalhado no Athletico há alguns anos – como foi possível perceber nos títulos da Copa do Brasil e da Sul-americana – e potencializado com a chegada de um técnico do perfil e da experiência do Felipão. A sensação é de que o time consegue ‘se virar’ em qualquer contexto.”
Um ponto que o Massa Bruta pode aproveitar, além de não ser o time titular do Furacão, é que o time paranaense costuma começar muito lento dentro dos jogos, isso pode ser a chave para o Braga conseguir um bom resultado fora de casa. O Athletico saiu perdendo em 4 das últimas 6 partidas. “O defeito, sem dúvidas, está nas bobeiras que estão cometendo no início dos jogos.” alerta Filus.