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Fábio Matias aprova evolução da equipe no Aspirantes e destaca força ofensiva

O Red Bull Bragantino soma cinco pontos em três jogos no Campeonato Brasileiro de Aspirantes, ainda invicto na competição. A equipe hoje está na liderança do Grupo B e enfrenta no fim de semana o Juventude fora de casa.

Antes deste duelo, o Correio de Atibaia falou com o técnico Fábio Matias que comentou sobre o início de trabalho dele na competição.

Qual avaliação você faz da sua equipe nos três primeiros jogos? A evolução tem sido boa?

É muito boa. A equipe teve bom volume nos dois primeiros jogos e nesse terceiro jogo a gente concluiu esse volume com ações em gol. Esse é um ponto importante pra gente ressaltar, o quanto essa equipe tem evoluído ao longo desse jogos.

A sua equipe marcou gols em todos os jogos, no último foram seis, porém a defesa sofreu gols em todos. Dá pra dizer que o time evoluiu mais rápido ofensivamente?

O time evoluiu bem ofensivamente, fizemos alguns ajustes posicionais em relação ao último quarto de campo, mas é uma característica no nosso jogo, como a forma que o clube quer que as coisas aconteçam e a forma que eu acredito também em relação ao jogo. A gente ter um número alto de ações no último quarto de campo é um dos objetivos nossos e automaticamente, vamos evoluir também em relação a isso. [sobre marcar e sofrer gols em todos os jogos ] Acho que faz parte, o futebol tem uma linguagem muito clara, vence o jogo quem fizer mais gols, lógico que vamos equilibrar um pouco mais as questões na parte defensiva, mas enquanto nossa equipe fizer o maior número de gols possível a gente vai sair com bons resultados.

Foto de Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Eu tenho gostado muito de ver a maneira como o ataque tem funcionado nos jogos, é interessante ver a movimentação dos atletas, como tem sido esse trabalho no dia a dia para a produção ofensiva?

Nós temos organizado bem essa questão do último quarto de campo, fazemos muitas relações interpretativas do jogo, então deixamos situações marcadas. Há algumas referências que a gente cria dentro do espaço de jogo efetivo ofensivo, mas tem situações que a gente trabalha muitas situações de interpretação. Acho que o ponto principal nosso é: como o jogador interpreta o último quarto de campo e desenvolver a questão individual dele. Se a gente desenvolver bem o individual, automaticamente ele vai conseguir produzir melhor, criar mais ações, gerir melhor os espaços. A individualidade vai fazer a diferença nas situações de confronto que o jogo exige em alguns momentos.

Temos visto algumas características da sua equipe que são iguais ao time principal, é um processo que você vai trabalhar, também para facilitar para o jogador na hora em que ele for jogar no profissional?

Já trabalhamos num modelo profissional, o número de jogos é parecido a quantidade de tempo e sessões de treino também. Então a gente já tem essa ideia, tem essa lógica, a minha vinda pra cá também faz parte de um projeto em relação a questão profissional, de se trabalhar com atletas disputando competições profissionais. Temos uma preparação também pós Aspirantes, vamos fazer todo um processo de reorganização, pro Campeonato Paulista da A3 com essa equipe. Então esse é um dos grande objetivos que temos, evoluir ao longo desse processo e facilitar também essa transição do atleta profissional. Acho que é essa forma que os atletas vão chegar com maior desempenho na equipe principal.

Neste fim de semana você deu mais uma aula na CBF Academy, o quanto tem sido importante pra você participar delas e quanto isso tem agregado a sua carreira?

A CBF Academy é um modelo de troca, interação. Nós temos os conteúdos, tem a parte formativa que passamos, eu dei aula na Licença B de treinadores. Então tentamos fazer trocas de formações, tanto levar um conteúdo teórico prático de aplicação, o que fazemos na parte de campo, e a fórmula que tem dado certo também em termos de resultado e desenvolvimento. Agrega muito [na carreira], é um momento que eu, como profissional da área de educação física, devo saber explanar, saber vender as ideias. Somos [os profissionais de Ed Física] meio que vendedores nesse processo todo, quando a gente vende pra atletas, vende pra comissão, vende pra direção, vende pros alunos. Acho importante essa troca também e a forma com que a gente passa aquilo que a gente realmente faz e acredita no dia a dia. Então a CBF Academy tem contribuído muito com isso. O meu foco principal é plantar uma semente nesses novos treinadores, para que eles venham com ideias, com sugestões, com perfil e personalidade que possam agregar dentro do futebol brasileiro.

Foto: Fernando Roberto/Red Bull Bragantino.

O treinador Fábio Matias, de 42 anos, assumiu o time sub-23 do Massa Bruta nesta competição. A aula dele na CBF Academy aconteceu duas vezes. A primeira foi de organização ofensiva e a segunda abordou sistemas táticos.

“Serão jogos difíceis. Quando a gente joga fora de casa, as equipes têm colocado atletas do elenco profissional para jogar. A tendência do Juventude é que faça isso no jogo de lá. Então vai ser um grupo que vai se definir no final. A gente quer conquistar a vitória também lá no Sul para poder depois em dois jogos fazer três pontos e classificar”, comentou o treinador ao site do clube sobre o duelo contra o Juventude.