Pedro Caixinha critica postura do Palmeiras em negociação com Artur
Caixinha ainda disse que desempenho de Artur mudou após procura do Palmeiras
O Red Bull Bragantino fez um jogo amistoso contra o Cruzeiro nesta quarta-feira, 29, e perdeu pelo placar de 3×2. Mas o tema que chamou mais atenção no dia nem foi o jogo, foi a negociação do atacante Artur com o Palmeiras. O técnico Pedro Caixinha, do Bragantino, analisou a negociação e criticou a postura palmeirense.
– A partir do momento que começaram a existir todas estas situações de “O Artur vai”, “o Artur não vai”, “o Artur vai para o Palmeiras”… Pessoas do Palmeiras contataram o Artur. Eu tenho tido aqui situações, ainda agora estou para ter. Não vou falar, obviamente, delas, porque não estão concretizadas. Mas eu não peguei o telefone para falar diretamente com o jogador que não é do meu clube. Eu não faço isso. E, muito menos, a fazê-lo em um momento em que eu possa enfrentar esse clube em uma determinada final. E isso aconteceu. Quando isso aconteceu, obviamente o estado emocional do jogador, querendo fazer e ainda hoje querendo fazer, as coisas não saem. Porque não é o Artur que você viu nas primeiras rodadas do Paulista. Não é o Artur que você conhece, porque emocionalmente estava perturbado – explicou.
– Em termos daquilo que são negociações, não são da minha parte. Em termos de dar apoio ao jogador, sim, mas não posso controlar aquilo que está do outro lado. Eu tenho a minha forma de estar, meus princípios, regras e valores. Tenho certeza absoluta que, contra mim, não vão dizer que eu contatei fulano A, B ou C. Estamos em processo de trazer gente importante de outras instituições e não quero interferir neste tipo de trabalho. Se perdermos o Artur, temos que arrumar alternativas, que já estão a ser trabalhadas. Obviamente, não vamos querer dizer que vem para substituir o Artur. Se o Artur terminar o ciclo dele, alguém vem e vai iniciar seu próprio ciclo, sem comparações. O importante é que venha, ganhe confiança e ajude a equipe – e completou.
Sobre o jogo contra o Cruzeiro, elogiou o time da primeira etapa e criticou o da segunda (no jogo ele trocou todos os jogadores de linha no intervalo).
– Hoje, o objetivo era dividir o jogo em dois. Dizer que é a primeira parte era um jogo e a segunda parte, outro. Curiosamente, foi. Em termos de resultado e em termos de comportamento também. A primeira equipe tinha o Everton, que nunca tinha jogado conosco. Temos acompanhado o seu processo no sub-23. O Talisson era outro jogador que, por lesão, não tinha tido grandes oportunidades. Hoje, teve a oportunidade. Dentro daquilo que era o trio de ataque e os dois meias, isso notou-se na forma como a equipe não jogou muito bem ao longo do jogo. Conseguiu naquilo que são as bases dos nossos comportamentos um resultado de 2 a 0. Não muito organizados, mas pela intensidade e que é o comportamento que tenha, conseguiu o resultado – analisou.
– Com a segunda equipe, as coisas não saíram desta maneira. Saíram dentro daquilo que tem sido o padrão que identificamos nos últimos jogos. Uma equipe que entra um pouco apática, comete muitos erros inicialmente, não consegue se encontrar dentro daquilo que é o jogo, deixa de ter confiança, deixam de se mostrar o jogo. Isso tem repercussão naquilo que o adversário sente no jogo, ganha uma supremacia, ganha superioridade, conseguem fazer em dois lances o empate, que não podem acontecer. Essas foram as diferenças. Cabe agora encontrar o equilíbrio. Sabemos que podem fazer – completou.
Pedro Caixinha também falou que o Bragantino está de olho no mercado e podem chegar jogadores também.
– Da mesma maneira que podem existir saídas, como do Artur, também existem fortes possibilidades que existam entradas dentro daquilo que é o grupo. Uma vez que fechamos o grupo, possamos seguir todos com um foco em termos daquilo que temos que fazer – afirmou.