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Johnny Hooker encerra com muito glamour a 2ª Semana LGBTQIAPN+ de Atibaia

Ícone da causa, o artista fez o público da Feira LGBTQIAPN+ cantar, dançar e se emocionar com uma série de sucessos para comemorar seus 20 anos de carreira

A 2ª Semana LGBTQIAPN+ de Atibaia intensificou a diversidade de cores em Atibaia entre os dias 27 de junho e 9 de julho, celebrando a construção de uma sociedade livre de preconceitos, baseada no respeito a pessoas de todas as siglas. Realizada pela Prefeitura, em parceria com o Coletivo Pajubá, a iniciativa buscou combater estigmas e discriminação com arte e conhecimento, promovendo uma série de atividades culturais gratuitas, além de treinamentos nas secretarias para capacitar profissionais no atendimento a pessoas não-binárias.

A Feira LGBTQIAPN+ e o show de Johnny Hooker encerraram com muito glamour e estilo a segunda edição da semana dedicada a ampliar os espaços de afirmação do Orgulho e Cultura Queer. “Acho fundamental uma iniciativa como esta porque, para além da celebração, também tem um marco, um posicionamento, é algo que marca, que celebra a nossa existência. Eu acompanhei um pouco da programação pelas redes sociais da Prefeitura e vi que o show de Maria Gadú foi lindo, vi outras ações muito legais, lindas, importantes e emocionantes. Então a expectativa para o meu primeiro show em Atibaia é a melhor possível!”, anunciou o cantor pouco antes de se apresentar na Arena do Centro de Convenções.

O artista, uma grande voz LGBTQIAPN+, empolgou o público do início ao fim, abrindo o espetáculo com o hit “Alma Sebosa” e encerrando a memorável noite com a canção “Flutua”, que é quase um hino do movimento pela diversidade por versos como “Ninguém vai poder / Querer nos dizer como amar”. Além de percorrer sucessos que marcaram os 20 anos de carreira do músico recifense, o espetáculo surpreendeu com uma homenagem à rainha da sofrência, Marília Mendonça.

Alexandra Mazzei, mãe de LGBTQIAPN+ e uma das expositoras da feira, conta como foi a experiência: “precisamos aprender a conviver normalmente feito ser humano, independentemente de gênero ou qualquer coisa que a pessoa escolha ser ou não. Esses espaços são muito importantes e trabalhar para construir a feira foi muito divertido. Um ambiente leve, agradável, onde você vê as pessoas de bem com a vida, ninguém fica julgando ninguém, tinha família, tinha criança… A sociedade precisa ver que não existe família tradicional, existe família. Gente que se cuida todo dia, que faz tudo um pelo outro é família, independentemente de tradição ou não”.

O espetacular encerramento ficou à altura das outras atrações da programação, que se pautou pela consolidação e ampliação dos espaços voltados à pluralidade e à multiculturalidade na cidade. Marcada por eventos importantes como a 1ª Marcha do Orgulho LGBTQIAPN+ e o Festival Voz de biXa, a semana também trouxe momentos de descontração e integração com a Queimada Queer, de reflexão na aula de Rita von Hunty sobre a produção social de estigmas e os movimentos de orgulho e resistência, de muita emoção na peça “Eu sempre soube…”, com a atriz Rosane Gofman, e de celebração da diversidade no show da cantora Maria Gadú, que reuniu mais de cinco mil pessoas na Praça da Matriz.