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Juliana Gobbe fala sobre lançamento de livro inédito e elogia literatura atibaiense

“Os primeiros tempos da literatura atibaiense” aborda o pioneirismo e as novas gerações e será lançado neste sábado (9) no Cine Itá

Neste sábado, 9 de novembro, às 14h, Atibaia terá o lançamento do livro “Os primeiros tempos da literatura atibaiense”, projeto aprovado e financiado pelos recursos oriundos da Lei Federal Emergencial Cultural Paulo Gustavo nº 195/2022 e suas alterações, tendo como proponente a escritora e a doutora Juliana Gonçalves Gobbe. Evento agitará o sábado cultural da cidade e presenteará os participantes com exemplar da obra inédita, no Cine Itá.

Juliana Gobbe conta que na esteira das primeiras letras e do pioneirismo de pessoas que se dedicaram à literatura numa Atibaia ainda em formação, nasceu o livro. A obra é fruto de extensa pesquisa realizada pelo saudoso Gilberto Sant’Anna e das observações atentas de Juliana Gobbe. As imagens da premiadíssima fotógrafa Alline Nakamura trazem aos leitores os lugares icônicos relacionados aos nomes apresentados na obra.

“A motivação para a escrita desse trabalho surgiu um pouco antes da pandemia. O Gilberto (Sant’Anna) disse que estava pesquisando alguns nomes da literatura em Atibaia, mas a título de pesquisa mesmo, não tinha nenhuma ideia ou nenhuma pretensão de publicação na época”, explica Juliana. Ela diz que, depois de ler o texto, teve liberdade para fazer pequenas alterações. E assim surgiu a obra “Os primeiros tempos da literatura atibaiense”.

O que os leitores vão encontrar neste livro é um belo passeio sobre a literatura – feita numa das cidades mais antigas do país, cujas presenças de fora são muito relevantes. Juliana complementa destacando fatos e personagens. “Por aqui passaram Mario de Andrade, Oswald de Andrade e foi criado, na década de 40, um jornal chamado Tentativa, cuja importância é imensa para o Brasil. Inclusive, na época, dizia-de que era o único jornal literário que circulava no país.

Juliana Gobbe evoca o nome emblemático de André Carneiro (idealizador do jornal), afirmando que ele transitou não só por Atibaia, mas pelo Brasil e pelo mundo, “porque o André, além de escritor, foi também fotógrafo e fez muitas incursões pela ficção científica”.

A reportagem do Correio pergunta o que o leitor vai encontrar nesta obra. Ela aponta que desde a participação de Jerônimo de Camargo, passando por Amadeu Amaral, Aprígio de Toledo, pelo jornal Tentativa – e a importância do André e da Dulce Carneiro –, enfim, uma obra fundamental para a pesquisa das novas gerações. Segundo ela, a literatura atibaiense vai muito bem com seus movimentos, e cita os coletivos Kalúnia, coordenado por ela, o Sarau da Jandyra (movimento literário de movimentação artística), o Coletivo Quatati, autores premiados que hoje vendem livros nos grandes marketplaces e também movimentos que fomentam a literatura na cidade.

A autora fala da tristeza por não conseguir juntar, muitas vezes, todas as pessoas, mas cita também a alegria pelos colegas, pelos lançamentos e premiações que mostram, mais uma vez, que a literatura local tem sido próspera e frutífera. Sorte nossa, prezados leitores.

“Os primeiros tempos da literatura atibaiense”
Quando: sábado, 9 de novembro, às 14h
Onde: Cine Itá Cultural – Rua Visc. do Rio Branco, 51.
Quanto: Entrada Gratuita