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Às mulheres de Atibaia: Denize Evangelista

Juliana Gobbe

Há alguns anos eu conheci a mulher sobre a qual passo a escrever agora. Denize Evangelista veio para Atibaia ainda bem jovem com sua família, logo que aqui chegou já se viu imersa nos muitos projetos sociais aos quais se dedica bravamente desde então. Segundo ela as questões sociais sempre foram significativas para a sua família e ela também não se furtou a participar da construção de uma sociedade pautada em humanismo e solidariedade.

Desde o olhar atento às crianças no Lar Dona Mariquinha do Amaral até a gestão do grandioso projeto: APOATI – Apoio e Atenção ao Idoso.

Não podemos deixar de mencionar aqui a sua passagem pelo Conselho Municipal de Assistência Social e Conselho Municipal Sobre Álcool e outras drogas e, também, o Conselho Municipal do Idoso. Aqui também ressaltamos seu amplo envolvimento na formação do Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial.

Sua formação de psicóloga e pedagoga forjou uma profissional atenta e dedicada à promoção humana. Trabalho que exerce há mais de 40 anos.

Na frente da tela do computador, enquanto escrevo este texto, prestando atenção no currículo citado, emociono-me sobremaneira, sem romantizar o trabalho feminino, conferindo a ela o título de “guerreira”, concluo que Denize é mulher de seu tempo, mergulhada nas lutas que a sociedade nos impõe a cada dia. E elas são muitas.

No entanto, o que a evidencia em Atibaia é sua convicção pulsante numa sociedade justa e igualitária. Os sonhos da juventude caminham junto com sua alma e a cada novo projeto, como quem apanha o sol com as mãos, ela descortina dias e transforma vidas, o que por sinal, faz com maestria.

Sempre que me encontro com Denize, sinto que estou diante de uma humanidade que ainda prioriza a vida em todos os seus potenciais, seu sorriso único nos diz tanto sobre coisas que não deveríamos esquecer.

Sua contínua esperança fazedora também é referencial importante para as mulheres que nela se inspiram.

Para Denize eu só tenho flores e aplaudo de pé sua existência emancipadora.

* Juliana Gobbe é Doutora em Filosofia e História da Educação pela Unicamp. Autora de Óculos de Marfim, À esquerda do Império (2017) e Os primeiros tempos da literatura atibaiense (2024). Coordena o blogue “Tecendo em Reverso”, os coletivos Abraço Cultural, Kalúnia e participa do Coletivo André Carneiro.