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Festival Lugar de Mulher traz oficinas de dança gratuitas, inclusão e visibilidade

Oficina de Maracatu com dois tipos de acessibilidade é a grande novidade desta edição; festival acontecerá em março e abril

O Festival Lugar de Mulher – Edição Danças Negras – criação da produtora cultural Réka Dartte, acontecerá este ano em dois finais de semana: um aberto a pessoas com todos os níveis de conhecimento e outro dedicado a profissionais da dança como dançarinas, bailarinas, professoras, performers e gestoras. Realizado por mulheres e para mulheres, o festival também está aberto a receber pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ em 22 e 23 de março e 26 e 27 de abril, reafirmando que todo corpo é capaz e tem permissão para dançar.

Serão oferecidas gratuitamente oficinas de dança em diversas linguagens como Dancehall, Dança das Yabás, Maracatu e Samba Rock. A grande novidade desta edição é a oficina de Maracatu, que contará com dois tipos de acessibilidade, algo inédito em nossa cidade: uma profissional especializada na adaptação da dança para cadeirantes e outra profissional responsável pela audiodescrição ao vivo, com equipamentos transmissores e receptores disponíveis gratuitamente.

Com uma equipe toda feminina, o festival trará oficineiras experientes como Adriana Aragão, fundadora e mestra da premiadíssima Associação Cultural Bloco Afro Ilú Obá de Min, com 20 anos de existência e mais de 400 mulheres negras como integrantes de sua bateria, corpo de baile e voz. Contará também com Luciana Félix, mestra regente da Cia Caracaxá de Maracatú e Jana Gih fundadora da Samba Rock in Kasa e Cahzim, integrante das Turmalinas Negras.

Em uma sociedade marcada pelo preconceito, capacitismo e misoginia, esse projeto reflete os valores da idealizadora Réka Dartte. Ela acredita que a dança é para todos e que o lugar da mulher é onde ela quiser. “Queremos oferecer um espaço amoroso, livre e libertador, para que todas participantes se sintam felizes dançando com seus corpos, sejam eles da forma, altura, cor e tamanho que for”. Para ela, “todo corpo que pulsa, dança”.

O primeiro dia do festival se encerrará com um emocionante cortejo de Maracatu, conduzido por uma mestra. Aberto a todos e de todas as idades, esse cortejo será um ato de resistência contra o apagamento das mulheres, o feminicídio, as desigualdades salariais, as violências domésticas e outras formas de abuso que as mulheres enfrentam diariamente.

O Festival foi contemplado pela Lei Aldir Blanc de Fomento à Cultura, tem apoio da Prefeitura Municipal da Estância de Atibaia através da Secretaria de Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal e Realização de Réka Dartte. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pelo link na bio do Instagram @rekadartte ou pelo telefone (11) 91898-2181.

Serviço
Quando: 22 e 23 de março – para todos níveis de conhecimento
26 e 27 de abril – para profissionais da dança.
Local: Centro Comunitário Jardim Imperial – Atibaia /SP.
Informações: (11) 91898-2181

O Centro Comunitário fica na Rua Pacaembu, 65 – ao lado do terminal rodoviário do Jardim Imperial.