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Um Palmeiras distante de si

Por dentro do jogo

O confronto que abriria o Campeonato Brasileiro de 2025 mudou de data, ganhou o tempo de preparação e descanso que o Palmeiras gostaria – apesar de a Federação Paulista ter criado essa condição de conflito de datas – e enfrentou o Botafogo em seus domínios, incomum pois também o Campeão costuma estrear em casa.

Em campo, em um Allianz Parque esvaziado, o Palmeiras se mostrou mais do mesmo. A equipe Alviverde, apesar de alguma vantagem em posse de bola, pouco ameaçou os Alvinegros no primeiro tempo.

Por sua vez, o Botafogo se mostrou quase letal em suas investidas, mas pagou o preço por ter se preparado apenas para uma competição a partir de abril. Com uma trinca de volantes, tendo em Patrick de Paula o mais avançado e com potencial de criar confusão na defesa Alviverde, os Cariocas criaram mais mas pecaram na finalização.

Sem criatividade, o Palmeiras se vou encaixotado diante de um Botafogo que recuperava a posse de bola e contra atacava rápido. Sorte dos Paulistas que Savarino estava em tarde apagada e perdeu 2 boas chances de decidir a partida, tal como no último encontro entre as duas equipes.

Em um Palmeiras em que Weverton foi o destaque, Estêvão seguiu muito bem marcado e sem conseguir evoluir. Coube a Flaco Lopez, após o elenco ter sido rodado no segundo tempo, a chance de ouro do jogo.

Seria a sorte maior. Afinal, futebol não é merecimento, é efetividade. E, talvez, por isso o resultado não foi diferente. John mostrou as credenciais que o credencia, junto ao goleiro Hugo, um lugar na seleção.

Frio, diante do atacante Alviverde, o goleiro Alvinegro fez a defesa do jogo. Dessa vez, havia sentido no resultado desse embate. A torcida do Botafogo explodiu como se fosse um gol, aliás, por muitas vezes foi quem cantou mais alto em pleno domínio adversário.

Para um Palmeiras distante de si, um Abel que parece sem rumo e um Vitor Roque que ainda não mostrou seu custo benefício. A falta de criatividade do time rendeu vaias de um estádio inteiro ao fim do jogo. O Botafogo mostrou a força e competência de ser o atual Campeão Brasileiro. Ao Palmeiras restou a saga de entender que o time precisa se redefinir.





Bruno Velasco

Jornalista formado pela UVA – Universidade Veiga de Almeida (RJ), com experiência em documentário esportivo e social, fotografia, rádio e produção de conteúdo pela Agência ZeroUm, SP.