Repensando a José Lucas
O centro de Atibaia e suas micro vocações
É evidente que o centro da cidade costuma ser um local de maior volume de pessoas passantes, de aglomeração e de atenção. Com uma maior variedade e concentração de serviços, essa é a região que costuma ser mais valorizada. Contudo, precisa também ser pensada, repensada e planejada conforme as vocações que se desenvolvem e se modificam ao passar do tempo.
Em Atibaia, a realidade não deixa de ser diferente. O perfil das pessoas que frequentam o centro ganhou a força dos novos moradores – desde o período da pandemia – mas também, nos últimos 10 ou 20 anos, se modificou com a chegada ou saída de algumas empresas e indústrias.
Com isso, existe uma borda, um eixo que se desloca um pouco de um ponto ao outro, tendendo, atualmente, a se concentrar mais próximo ao Mercado Municipal por conta das oportunidades que se ancoraram ao redor desse marco na cidade.
Entretanto, uma região mais alta, que antes possuía maior apelo como a rua José Lucas perdeu sua referência com um polo importante da cidade após as obras que a revitalizaram – sob o ponto de vista histórico – mas, de certa forma, inviabilizaram perfis de empresas que necessitam de pessoas transitando; uma vez que praticamente acabou com o estacionamento público na região.
Fato semelhante sofrem comerciantes do trecho do ‘calçadão’ na rua José Alvim. É nítido que o movimento de veículos se desvia dessas áreas sem oportunidades, trazendo dificuldade ao comércio e às indústrias locais. Mas permitindo ao novo governo uma oportunidade de repensar essa micro região que ficou à borda do eixo de consumo.
Será que investir em um novo posicionamento da região, trazendo mais oportunidades para a famosa gastronomia da cidade não seria algo a se pensar? Na José Lucas já existem algumas poucas empresas nesse segmento e o fomento pode permitir que outras se encaixem, revitalizando a região, trazendo a demanda para um horário alternativo, à noite, permitindo que toda a beleza possa ser observada. E com muitas oportunidades de estacionamento nas transversais.
Diferentemente de comércios que precisam de fluxo, os restaurantes e hamburguerias demandam pessoas mais interessadas, que costumam se deslocar por interesse. E criar esse ponto de interesse coletivo pode incrementar a economia local, trazendo um impulso e mantendo o calçamento atual. As oportunidades existem. E existe uma nova gestão que chegou com uma nova visão que pode trazer àquela faixa do centro um novo respiro com o requinte e a assinatura que só a cidade de Atibaia é capaz de oferecer.

Bruno Velasco
Empresário com experiência no Segmento de Franquias e Gestão de Clientes Corporativos há mais de 25 anos. Multiprofissional formado em Comunicação com habilitação em Jornalismo pela UVA – Universidade Veiga de Almeida (RJ), com experiência em documentário, fotografia, rádio e produção de conteúdo pela Agência ZeroUm, SP.