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Por dentro do jogo – O fenômeno CR7 em um Portugal Campeão

O que se espera de alguém em fim de carreira, aos 40 anos, no futebol de hoje? Cristiano Ronaldo tem reescrito as expectativas não só com superação, mas com empenho, desempenho e resultados em forma de títulos. Neste domingo, 8, em campo pela Seleção de Portugal, enfrentou a Espanha de Yamal e, mais uma vez, foi decisivo. Garantiu o empate em 2×2 e permitiu que a disputa não se encerrasse no tempo normal.

Aliás, normal não foi o jogo. Em alta intensidade e diante de uma Espanha tida, tecnicamente, superior, Portugal se impôs e não abdicou de jogar. Com estratégia de acelerar e povoar mais o espaço no qual Yamal atua, os lusos conseguiram não só anular o jovem atacante como criar suas melhores oportunidades em campo.

CR7, por sua vez, em campo destoou para o lado positivo. Desequilibrando como pivô, proporcionando infiltrações e passes milimétricos, atraía a marcação de ao menos dois espanhóis, pendulando e encontrando espaços que confundiam a zaga adversária. Afinal de contas, não era um simples jogador, é um dos maiores do século e de todos os tempos que atua com fôlego de menino.

A Espanha saiu na frente, uma hesitação no meio campo Lusitano permitiu infiltração com finalização que – após desvio – fez com que a bola sobrasse limpa para Zubimendi marcar 1×0. O que se esperava era um Portugal perdido, atônito, mas não foi o que ocorreu. Apenas quatro minutos depois, Nuno Mendes empatou após uma arrancada pela esquerda e excelente finalização. O jogo não pendia para nenhum lado e crescia em expectativa e em disputa. Mas antes do fim do primeiro tempo, Oyarzabal devolveu a vantagem para o lado espanhol.

O segundo tempo poderia ter vindo em forma de drama, e foi aí que Cristiano Ronaldo fez a diferença mais uma vez. Aos 15min, fez o gol que devolvia à sua Seleção ao jogo. E Portugal se mostrava melhor e mais ofensivo em muitos lances. Aos 88 min, porém, uma lesão tirou o astro de campo. Yamal, por sua vez, não resistiu à prorrogação. Do banco, ambos viram Morata ser parado por Diogo Costa. A cobrança seguinte daria números finais e celebraria mais um grande feito de uma das mais vitoriosas carreiras do futebol. Portugal celebrou a conquista de mais uma Nations League. Com uma Seleção ainda mais capacitada, mas que ainda depende da genialidade e dos resultados de Cristiano Ronaldo, que segue gigante na história do futebol e jogando em no mais alto dos níveis.

Bruno Velasco
Formado em Jornalismo pela UVA – Universidade Veiga de Almeida (RJ), possui experiência em documentário, fotografia, rádio e produção de conteúdo pela Agência ZeroUm, SP.