Por dentro do jogo – A realidade da Série A segue espantando o Santos
O Santos voltou para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro com a missão de reassumir o protagonismo de sua história. No Campeonato Paulista, não conseguiu alcançar o destaque que merece. No início do campeonato nacional, a realidade segue sendo implacável com o Alvinegro Praiano que neste domingo, 27, perdeu para o Red Bull Bragantino por 2×0.
Crise? Sim. Mas no futebol, poucas coisas são definitivas e quase tudo é transitório jogo após jogo. O Santos construiu um time bom, um elenco com opções interessantes como Tiquinho, Rollheiser, Soteldo (que voltou). Mas faltou pensar o conjunto. E tal como o Botafogo, pecou no planejamento e patina.
Pedro Caixinha se mostrou para esse trabalho um desperdício de tempo, tempo que não volta e exige uma reação espontânea. Difícil, mas não impossível em um time que se orgulha de ter Neymar. Ídolo dentro e fora de campo. Aquele que segue fora. Mais uma vez lesionado.
E a culpa não é do Caixinha e, hoje, não é do time. É de quem pensou que o treinador, vide suas últimas experiências, fosse capaz de dar um rosto próximo ao melhor Santos que todos poderiam lembrar. E ainda encaixar Neymar nesse contexto.
O cargo de treinador, por sua vez, está vago há algum tempo. Poucos nomes, talvez, estejam dispostos a assumir esse desafio. Não há luz, neste momento, ao fim da jornada. Não há sequer túnel. É preciso reconstruir.

Bruno Velasco
Formado em Jornalismo pela UVA – Universidade Veiga de Almeida (RJ), possui experiência em documentário, fotografia, rádio e produção de conteúdo pela Agência ZeroUm, SP.