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Carnaval lota ruas da cidade e bonecões voltam a animar o povo

Após dois anos sem a tradicional festa, famílias retomam as praças e cantam as tradicionais marchinhas

O Carnaval voltou com muita força e animação em Atibaia após dois anos de paralisação em razão da pandemia do Covid-19. O público lotou os espaços dedicados a folia e diversão, que começou logo cedo no sábado, 18, com o Carnabraço, e se estendeu até a terça, 17h30, interrompido pelas chuvas.

Aline Tibúrcio, 36, estava com o marido e a filha Lorena, de 2 anos, gostou de participar do carnaval na cidade. “O Carnaval de Atibaia é maravilhoso, feito para as famílias se divertirem, disse. A fisioterapeuta também elogiou o esquema de segurança da festa. “Viemos de Alphaville e percebi muitos policiais em todas as ruas pelas quais passamos. Além de divertido, aqui é muito tranquilo e seguro”, concluiu.

Foto: Rodrigo Seixas / Correio de Atibaia

Angela Gebara é de Atibaia e estava se divertindo com as amigas. Para ela, que já viajou para várias partes do país, não existe nada melhor que o carnaval de Atibaia. “Aqui é o melhor lugar do mundo para morar e se divertir no Carnaval”, disse, ao lado das amigas Renata Martinelli, Juliana Ono e do amigo Nélio Ono, produtor do Clube Recreativo Atibaiano.

Carnabraço
O Carnabraço aconteceu no sábado pela manhã na praça Aprígio de Toledo, ao lado do Mercado Municipal, e reuniu muita gente. Segundo os organizadores, o objetivo foi restabelecer conexões de afeto após o longo período de pandemia, quando me muitas pessoas passaram por momentos delicados como depressão e desânimo. Juliana Gobbe – para quem o abraço é a força motriz das conexões mais genuínas do afeto – contou com a participação dos Atipalhaços de Atibaia, com o Bloco Ata-Me, a contadora de histórias Rosely Gullen e uma roda de conversa sobre Atibaia Antiga com Araceles Stamatiu, Gilberto Sant’Anna e Jamil Scatena.

O grupo promoveu uma doação de abraços e colocou em discussão a memória dos lugares afetivos de Atibaia, convidando o público a participar da história. “Desde meus 16 anos eu trabalho com a cultura aqui em Atibaia. Já foram mais de 100 eventos, mas o Carnabraço, sem dúvida ficará por muito tempo em nossos corações. Quanta energia. Gente linda”, comentou em sua página nas redes sociais a escritora e professora doutora Juliana Gobbe, incansável defensora das artes e da literatura da cidade.

Foto: Rodrigo Seixas / Correio de Atibaia

Altemar Dutra
Já no sábado à tarde a festa contou com a eletrizante participação de Altemar Dutra e grupo. Tradicional nos carnavais da cidade, Altemar trouxe as antigas marchinhas e os hits que embalam a folia envolvendo as famílias e levando diversão para todas as idades. Blocos se organizaram em frente ao palco, onde a prioridade foram as crianças, que também participaram do concurso de fantasias. Altemar agitou o carnaval das marchinhas pelos três dias, só parando na terça, ao final da tarde, quando a chuva começou a cair. Ainda assim, os foliões ficaram até o final da festa, no melhor estilo: com chuva, suor e cerveja.

Silvia Renata Cardoso estava brincando o carnaval com o marido, José Roberto Lapietra e disse à reportagem que a festa estava divertida. “Eu sou suspeita para falar. Estou vindo de um jejum de alguns anos. Minha cidade (Morungaba), no passado, tinha um carnaval muito bom. Mas ao longo dos anos foi se acabando, confesso que me diverti bastante”. Lapietra concordou com a esposa. “Gostamos muito do carnaval: público, cantor e banda bem animados, ênfase em marchinhas. Estranhei o fato de ser apenas vespertino, o que não tirou seu brilho. Saímos também acompanhando o grupo Ata-me (acima) e atrás do grupo Roza, foi bem divertido”, comentou.

Foto: Rodrigo Seixas / Correio de Atibaia

Bonecões
Bonecões fizeram a festa à parte, com cortejos que percorreram as ruas do Centro. Bonecões da Prefeitura seguiram o circuito do Centro, cercados de moradores e turistas, passando pela igreja do Rosário e se misturando aos foliões na Praça da Matriz. Já os bonecões do Mestre Beleza seguiram um caminho à parte, saindo no horário definido pelos bonequeiros, caminhando pelas ruas do centro em cortejo. Veja aqui.

Osni Dias e Rodrigo Seixas