Como vem o Botafogo para o duelo contra o Red Bull Bragantino
Na noite desta segunda-feira (4), o Red Bull Bragantino recebe o Botafogo, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida começa às 20h (horário de Brasília). O Correio de Atibaia foi atrás de informações sobre o rival do Massa Bruta nesse duelo e conversou com João Pedro Fragoso, setorista do Botafogo no Jornal O Globo e Extra. Na sequência você conhece mais sobre o Fogão.
O Botafogo vem de uma derrota doída por 3×0 diante o América-MG na Copa do Brasil, que aconteceu na última quinta-feira. Nas últimas seis partidas, venceu duas e perdeu quatro jogos. Teve derrotas no clássico para o Fluminense e sofreu uma goleada diante do Palmeiras por 4×0, ao mesmo tempo venceu o São Paulo por 1×0 e conseguiu uma vitória heroica diante do Internacional, uma virada por 3×2 com um jogador a menos. Neste momento o Botafogo tem 14 pontos, a mesma pontuação que o Bragantino e se encontra no meio da tabela.
“É o que se pode esperar do Botafogo este ano. É um time muito inconstante, como é um time de formação, o clube todo está em formação. Há jogadores de qualidade, mas não é um time sólido. Algumas vezes eles vão jogar muito mal e não vão ter o menor entrosamento ali, não vão conseguir competir em campo. E outras vezes esses caras vão entrar com tudo. Eu acho que isso acontece ainda porque é um time em formação, aí eles estão buscando essa consistência, mas enquanto isso não acontece terá demonstrações de altos e baixos. Pode ganhar do Internacional fora de casa e depois pode tomar uma porrada do América.” Explica João Pedro sobre a inconstância do Botafogo.
Em campo time terá retornos importantes. O zagueiro Victor Cuesta, um dos melhores do time na temporada atual, e o volante Luís Oyama estão à disposição de Luis Castro. Além deles o meia Lucas Fernandes pode jogar. O atacante Erison ainda segue fora, assim como o zagueiro Joel Carli e o meia Chay, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
A provável escalação do Botafogo tem: (3-5-2) Gatito; Kanu, Cuesta e Philipe Sampaio; Saravia, Del Piage (Tchê Tchê), Patrick de Paula, Lucas Fernandes e Hugo; Vinicius Lopes e Matheus Nascimento.
Após o último jogo, Luis Castro, depois dos 3×0 diante do América-MG, disse: “Jogamos com a equipe da Série B”. Ele se referia ao grande volume de jogadores que disputaram a Série B de 2021 pelo Botafogo e começaram jogando o duelo contra o time mineiro. Dos 11 titulares, 9 jogaram a B passada. Depois que passou a ser SAF o clube trouxe bons jogadores, mas muitos ainda não renderam o esperado. Como no caso do Patrick de Paula. Há também o treinador que ainda não se adaptou 100% ao clube.
“O Luis Castro está tentando se adaptar. Ele chegou com uma ideia bem estabelecida, o Botafogo Way, que é algo que ele está tentando implementar, coisa que o John Textor [proprietário da SAF do Botafogo] sempre quis e ele não está conseguindo implementar. Aí podem ter vários motivos para as dificuldades. O tempo de trabalho (curto), dos 16 jogos até aqui o treinador não repetiu nenhuma escalação e isso ajuda a mostrar como não é um time sólido, ele não tem 11 titulares. O treinador ainda não conseguiu se adaptar por completo, ele está tentando.” Explica João Pedro.
Você leu no trecho acima ao termo “Botafogo way” (o estilo botafoguense, em tradução literal) como explica o próprio Textor, ao ge.com passa por: Zagueiros habilidosos e com sangue frio, que saibam dominar a bola e distribuir jogadas, mesmo sob pressão. Velocidade em todas as posições, sobretudo nas laterais. Deve haver prioridade pela posse da bola, mesmo quando pressionados por rivais quando o time estiver no ataque. O dirigente quer que as pessoas reconheçam o time dele dentro de campo, as ideias que a equipe dele propõe. Por enquanto o time ainda está longe de atingir isso.
O time tem apresentando problema nas bolas aéreas. No último jogo sofreu os três gols assim, todos eles feitos na segunda trave, achando espaço nas costas dos defensores. O time tem usado um esquema com três zagueiros. Essa não era a principal ideia, mas o time razoavelmente se adaptou a isso e tem usado nos últimos jogos. Usou em 4 jogos, venceu nos dois primeiros, perdeu nos dois seguintes e até chegou a desfazer os 3 zagueiros durante o jogo contra o América. A mudança foi buscando diminuir as dificuldades defensivas da equipe, mas não surtiu um efeito significativo.
Hoje o Campeonato Brasileiro do Botafogo é se manter na Série A (e tem uma pontuação boa para este objetivo), para depois conseguir criar um projeto mais sólido com o tempo, lembrando que este é o primeiro ano da SAF do clube. A torcida criou uma expectativa, que é maior que a esperada pelo clube, e por isso o torcedor pode acabar o ano desanimado mesmo com o clube fazendo o esperado pelos dirigentes.