CulturaEventosNotícias

Bragança recebe mais uma vez a peça teatral “Na parede da memória” neste domingo, após sucesso de público

Espetáculo, estreado no Rio de Janeiro, é inspirado na poesia e música de Belchior e está sendo apresentado em diversas cidades do estado de São Paulo

Intensa, surpreendente, inteligente e nada óbvia. Assim é a peça musicada inspirada na poesia de um dos mais talentosos cantores e compositores do país, Belchior. Depois de estrear no Rio de Janeiro e passar pelo Teatro Itália, em São Paulo, e outras diversas cidades do estado paulista, “Na parede da memória” volta a Bragança Paulista no domingo, dia 4, após sucesso de público. A apresentação acontecerá às 19h, no Teatro Carlos Gomes, com entrada gratuita.

O espetáculo conta a história de quatro amigos que, separados pelo tempo, se reencontram em um apartamento onde viveram juntos para encerrar esse importante capítulo de suas histórias. Entre doces e amargas lembranças e descobertas, os personagens revivem momentos juntos, ao mesmo tempo em que expõem fragilidades, dores, angústias e sentimentos que ficaram guardados durante tantos anos. O conflito começa quando, ao retirar os pertences pessoais do apartamento, todos passam a brigar pela posse do álbum “Alucinação”, do cantor e compositor Belchior. No desenrolar da trama, o passado vem à tona, com trechos de diversas canções do renomado artista e histórias que emocionam e, ao mesmo tempo, divertem o público.

O elenco conta com Aguinaldo Bueno (Carlos), Ian Iordanu (Tom), Glória Dinniz (Bel) e Isadora Títto (Nanda) e tem direção de Paulo Merísio e texto de Fabrício Branco. De forma inteligente e bem-humorada, a peça ainda faz alusão ao nome de Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, que certa época adicionou os sobrenomes dos pais, sob a justificativa de que seu nome completo seria o “maior nome da MPB”.

Segundo o diretor musical da peça, Miguel Briamonte, o objetivo é “discutir a atemporalidade da obra de Belchior, que traz muitas reflexões, além de muita potencialidade poética, para a construção de uma bela dramaturgia”. “Queríamos muito homenagear o cantor e retomamos esse desejo antigo”, complementa a atriz Glória Dinniz.

A peça foi contemplada no Edital 02/2022 do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (ProAC), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e percorrerá diversas cidades do estado de São Paulo.

Sobre Belchior
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes foi cantor, compositor, músico, produtor, artista plástico e professor brasileiro. Nasceu em Sobral, no Ceará, e se tornou um dos principais nomes da Música Popular Brasileira.

Seus maiores sucessos foram as canções “Apenas um Rapaz Latino-Americano”, “Como Nossos Pais”, “Mucuripe” e “Divina Comédia Humana”. O álbum Alucinação, produzido em 1976, é considerado por vários críticos musicais como um dos mais revolucionários da história da MPB, além de marcar para sempre o cenário musical brasileiro.
“Como nossos pais” é uma das canções mais famosas de Belchior, eternizada na voz de Elis Regina. Outra música que marcou história e voltou a se destacar recentemente é “Sujeito de sorte”, cujo trecho foi utilizado na canção AmarElo, de Emicida, com participação de Pabllo Vittar e Majur: “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro!”.

Belchior faleceu em 2017, na cidade de Santa Cruz do Sul (RS), aos 70 anos de idade, em decorrência do rompimento de um aneurisma.

Serviço
Data: 04/06/2023 (domingo), às 19h
Local: Teatro Carlos Gomes (Rua Conselheiro Rodrigues Alves, 251, Centro)
Entrada gratuita
Acessibilidade em LIBRAS
Roda de conversa ao final da apresentação