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Caminhos de história: Therezinha Sirera e as ferrovias de Atibaia

Ela conta que primeiro episódio marcante na cidade foi a inauguração da estação Caetetuba, a primeira estação no município

Lara Lopes

Em 358 anos, Atibaia cresceu em diversas áreas mas não deixou o clima do interior se apagar, a história de nossa cidade vive nas memórias de muitos de seus habitantes, entre eles está Therezinha do Menino Jesus Silveira Campos Sirera, também conhecida como Therezinha Sirera ou Therezinha do Caetetuba.

Lara: Conte um pouco sobre você. Onde e quando nasceu e onde trabalhou?
Therezinha: nasci em 1926 na cidade de Atibaia e trabalhei durante 39 anos como diretora na escola EE Padre Mateus Nunes de Siqueira. Morei a maior parte da minha vida no bairro do Caetetuba, no cruzamento entre as avenidas Gerônimo de Camargo e Flávio Pires de Camargo. Sou neta de Silveira Bueno, o primeiro professor em Jarinu que foi nomeado pelo governo.

Lara: O que contribuiu para o crescimento e desenvolvimento de Atibaia?
Therezinha: A estrada de ferro ajudou muito nesse crescimento, fazendo com que o bairro do Caetetuba e a cidade de Atibaia começassem a crescer, trazendo o comércio e hospitais para a localidade, no século XX os atibaienses não pensaram em desenvolver mais a cidade, entretanto, surge um grande precursor da modernização atibaiense, o hoteleiro e empresário paulista César Memolo que passou a residir na cidade em 1945 e trazer escolas como o Ginásio Atibaiense (atual Major)

Lara: Qual era a importância econômica do ramal Atibaia-Piracaia para a região?
Therezinha: Na época em que foram construídos ramais da ferrovia, a cafeicultura estava em seu ápice e aqui na região não seria diferente, os fazendeiros de café investem nos ramais até o tronco principal, que era a linha entre Jundiaí até Santos.

Lara: Conte um episódio marcante para a cidade que envolveu a ferrovia
Therezinha: O primeiro episódio marcante com certeza foi a inauguração da estação Caetetuba, a primeira estação na cidade, as pessoas estavam em festa pois uma pequena vila iria receber algo tão grandioso. Outro grande episódio marcante aos atibaienses que envolveu a ferrovia foi a visita a vossa majestade Dom Pedro II e a imperatriz Leopoldina que ocorreu em 1886, para chegar na cidade vizinha era necessário passar pela estação Caetetuba, foi uma festa segurando suas bandeirinhas, eles foram recebidos pelo presidente da câmara e pelo juiz de direito, Pedro Barbosa de Vasconcelos e Pedro Nolasco Xavier de Paula.

Lara: Para você, houve a devida preocupação em preservar a memória e o patrimônio da Estrada de Ferro Bragantina em Atibaia e manter viva a sua história?
Therezinha: Infelizmente não, as estradas foram fechadas em 1967 por conta da construção da rodovia Fernão Dias e pela chegada de linhas de ônibus na região, sendo assim, as estações e suas histórias foram em sua maioria perdidas com o tempo.

Therezinha Sirera escreveu em 2016 o livro “Caetetuba, o nosso bairro”, onde ela conta as histórias do bairro onde viveu e das famílias que se consolidaram por ali. À esquerda, retrato de seu avô.

Matéria produzida para a disciplina Estágio Supervisionado, sob orientação do professor Giuliano Tosin.

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O Correio de Atibaia publica uma série de matérias produzidas por alunos de jornalismo da UNIFAAT durante o primeiro semestre de 2023, coordenadas por professores titulares do curso como parte da avaliação de suas disciplinas. Neste primeiro momento, publicamos material desenvolvido para a disciplina Supervisão de Estágio Supervisionado, sob responsabilidade do professor Giuliano Tosin. Desejamos sucesso aos futuros jornalistas e boa leitura a todos.

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