Por dentro do jogo – Um Palmeiras que apenas venceu
O Allianz, tido por muitos como um caldeirão, estava morno. O Palmeiras que olhava para liderança do grupo e enfrentaria o Cerro Portenho após o caso de racismo no sub-20; e se entendia que havia muito em disputa. Mas o time estava em uma rotação diferente. Aliás, vem em descompasso já há algum tempo.
O jogo não começou bem para os donos da casa, logo aos 10min de jogo Raphael Veiga sai lesionado. E a criatividade que já era escassa, diminuiu. Estêvão, a ‘criatividade’ seguia isolado na ponta direita. E seu segundo tempo mostra o porque ele escolhei o Chelsea que o enxerga como um Camisa 10 e não um ponta.
Abel, com suas leituras, manteve o time com a mesma organização. Com domínio estéril, sem agredir com as armas que possui. Algo que irritava a torcida. Fato que gerou um clima hostil quando Richard marcou o gol e fez sinal de silêncio para sua própria torcida.
Ao retornarem para o segundo tempo, vaias. Cobranças. E um time mais elétrico por mais uns 10min. O Cerro pressionava de forma desordenada e suas limitações técnicas impediram de algum resultado melhor. Mas com chances criadas.
Antes do fim, Ríos é substituído e faz gestos se desculpando com a torcida. Alguns aplaudem, falta consenso entre desempenho e resultado. Capacidade e empenho. O time de Abel conquistou os 3 pontos, mas segue pressionado para demonstrar um bom futebol que ainda não conseguiu em 2025. O caldeirão pode ferver. Há de se saber para qual dos lados.

Bruno Velasco
Jornalista formado pela UVA – Universidade Veiga de Almeida (RJ), com experiência em documentário, fotografia, rádio e produção de conteúdo pela Agência ZeroUm, SP.